sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Novas fotos do abandono do Pinheirão

Por Tarek Omar

Recentemente o PRFutebol realizou uma reportagem destacando o abandono da casa do futebol paranaense, o Pinheirão. Entretanto, as fotos publicadas eram antigas, e apesar de demonstrar o abandono do estádio, não mostravam com clareza a situação atual em que ele se encontra. Diante do exposto, nesta semana resolvemos voltar ao Pinheirão para ver como ele está atualmente. O cenário visto, apesar de esperado, foi desanimador.

Chegando ao estádio, vimos uma grande movimentação. Uma parte do estacionamento atualmente é utilizada para quem vai a um parque, que fica ao lado. A outra é usada por motoqueiros aos domingos, que fazem dela uma pista de manobras radicais. Porém, logo que vimos sua fachada, percebemos estrago feito ao longo dos anos. A estrutura está toda acabada e o estádio inteiro pichado, enquanto às bilheterias, que estão repletas de teias de aranha e grades enferrujadas, permanecem com vários entulhos guardados.

No entanto, o cenário mais triste, foi quando decidimos ver a atual situação do campo. Como o Pinheirão está todo trancado, e ninguém da Federação Paranaense de Futebol autoriza a entrada, nos restou olhar pelas frestas dos portões. E ao ver o campo, levamos um susto. Além do grande matagal, que quase cobre as enferrujadas traves que sobraram no estádio, existem até árvores dentro do campo e nas arquibancadas. Um cenário desolador.

Confira as fotos (Clique para ampliar):


















Fotos: Tarek Omar

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Os 3 maiores salários do futebol paranaense

Por Tarek Omar

O salário de jogadores de futebol é um assunto que sempre vem a tona em rodas de conversa. Constantemente os torcedores tem a curiosidade em saber qual o salário dos jogadores de seu clube.
Analisando esse contexto, o PRFutebol resolveu pesquisar quais os mais altos salários do futebol paranaense. Como os clubes não divulgam estes números, buscamos as informações com alguns jornalistas do estado, portanto, não são números oficiais.
Segue a lista com os números aproximados dos 3 maiores salários do futebol paranaense:

1º: Paulo Baier (Meia - Atlético-PR): 150 mil reais 



2º: Marcos Aurélio (Atacante - Coritiba): 90 mil reais



3º: Jéci (Zagueiro - Coritiba): 70 mil reais
Fotos: Gazeta Press e Coritiba

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Os 10 Atletibas que marcaram a 1ª década deste milênio

Por Tarek Omar

Uma década marcada pelo equilíbrio! Entre 2001 e 2010, a dupla Atletiba se enfrentou 34 vezes em competições oficiais, totalizando 12 vitórias do Atlético, 11 vitórias do Coritiba e 11 empates. Entre os jogos realizados nesta década, destacam-se decisões de campeonatos e jogos importantíssimos do Campeonato Brasileiro.

No entanto, além de jogos históricos, esta década também foi marcada pela alternância de momentos entre a dupla Atletiba. Entre 2005 e 2008, o Atlético manteve um tabu de 5 jogos sem perder para o Coritiba. Após isso, foi à vez do Coxa manter um tabu, que começou em 2008 e dura até os dias de hoje, totalizando 8 jogos sem derrotas para o rival.


O clássico do próximo domingo, que pode decidir o título do 1º turno do Campeonato Paranaense, será o 1º desta década, e tem tudo para ser eletrizante. Pensando nisso, decidimos destacar os 10 Atletibas que marcaram a década passada. Segue abaixo a lista dos jogos:

2003: Atlético 2x0 Coritiba – Campeonato Brasileiro
A vitória atleticana por 2x0, com um gol de bicicleta de Ilan, freou o Coritiba na disputa do título brasileiro de 2003. Naquele ano, o alviverde ainda conquistou a vaga para a Libertadores 2004.

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2004: Atlético 3x3 Coritiba - Campeonato Paranaense
Na decisão do Campeonato Paranaense 2004, o Coritiba leva o Bi campeonato após um jogo eletrizante na Arena da Baixada.
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2004: Coritiba 1x2 Atlético – Campeonato Brasileiro
O Atlético, que brigava pelo título, venceu o Coritiba de virada, em pleno Couto Pereira. Naquele ano o rubro negro, que ficou em 2º lugar, brigou pelo título com o Santos até a última rodada.


2005: Atlético 1x0 Coritiba – Campeonato Paranaense
No jogo decisivo do Campeonato Paranaense 2005, o Atlético venceu por 1x0 e levou a decisão para os pênaltis. Nas penalidades, os ex-Coxa Lima fez o gol do título rubro negro.
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2005: Coritiba 1x2 Atlético – Campeonato Brasileiro
A vitória rubro negra ajudou a derrubar o Coritiba para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro 2005.
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2008: Coritiba 0x2 Atlético – Campeonato Paranaense
No primeiro Atletiba, após o acesso do Coritiba, o Atlético venceu por 2x0, no Couto Pereira, jogando uma ducha de água fria nos torcedores alviverdes, empolgados com a volta a Série A.
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2008: Coritiba 2x0 Atlético – Campeonato Paranaense
Com esta vitória no 1º jogo da final do Campeonato Paranaense, o Coritiba pôde perder por 2x1 o jogo de volta, que mesmo assim, levou o título em plena Arena da Baixada.
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2009: Atlético 2x4 Coritiba – Campeonato Paranaense
Apenas uma vitória atleticana bastava para o rubro negro ser campeão em cima do Coritiba em pleno ano do centenário alviverde. Porém, o Coxa surpreendeu, goleando o rival em plena Arena da Baixada. Mas, apesar da festa coxa branca, o Atlético conquistou o título na semana seguinte, após uma vitória diante do Cianorte.
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2009: Coritiba 3x2 Atlético – Campeonato Brasileiro
O jogo permanecia empatado até os 48 minutos do 2º tempo, quando Marcos Aurélio marcou um golaço, decretando a vitória alviverde.
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2010: Coritiba 2x0 Atlético – Campeonato Paranaense
No jogo decisivo do Campeonato Paranaense 2010, o Coritiba venceu por 2x0, mantendo o tabu de 8 Atletibas sem derrotas.
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Foto: futebolparanaense.net

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

"O futebol paranaense é grande, sempre foi", afirma Lédio Carmona

Por Tarek Omar

“Comecei como estagiário do Jornal do Brasil, em 1986, fui mantido, contratado e, após anos na imprensa escrita, acabei migrando para a TV”, foram com essas palavras que o comentarista e blogueiro Lédio Carmona destacou como foi o início de sua carreira no jornalismo esportivo. Em entrevista exclusiva ao PRFutebol, ele contou sobre sua carreira, o sucesso de seu blog o bairrismo da imprensa nacional e sobre o atual momento do futebol paranaense. Confira:
- Atualmente, você é um dos mais respeitados jornalistas brasileiros. Como foi o seu início na carreira esportiva? Passou por muitas dificuldades?
A dificuldade de sempre, comum à carreira de todo jornalista. Estágio, pouco dinheiro, muito trabalho, nenhum fim de semana livre. Comecei como estagiário do Jornal do Brasil, em 1986, fui mantido, contratado e, após anos na imprensa escrita, acabei migrando para a TV. 
- Além dos textos em seu blog, a sua interação com o público acaba atraindo ainda mais os leitores, que criam um elo de amizade. Como surgiu a ideia de criar um blog? Esperava esse sucesso que faz?
Absolutamente por acaso. Eu havia acabado de sair da TV Globo (era chefe de reportagem) quando um amigo do Globo Online me ofereceu um blog, até mesmo para matar minha vontade de não ficar longe do mercado do jornalismo esportivo e do futebol. Sou obsessivo. Gosto de fazer bem as coisas. Me entrego aos projetos. E quando vi, o blog era um sucesso. Hoje o blog tem outra dinâmica. Menos acessos, porém a audiência ainda é boa. 80% do meu tempo é para a TV. São momentos. Mas não tenho coragem de encerrar o blog. Adoro fazer, meus colaboradores são ótimos e é mais um elo com o público.

-  O bairrismo da imprensa Rio-SP fica evidente por diversas vezes, como por exemplo, no 1º jogo da final da Copa Sul-Americana 2010, em que a Rede Globo deixou de transmitir um jogo do Goiás, para exibir um filme, pelo fato de o Goiás não dar a audiência que eles procuram. Como você analisa essa situação?
Se não me engano, o jogo foi transmitido para Goiânia, que era o público alvo. A Globo tem um compromisso com sua programação. É uma situação delicada. Mas concordo que a mídia do Rio-SP é bairrista, até demais. E mesmo que fosse "de menos" já seria lamentável. O maior foco de bairrismo está na mídia escrita, que só sabe olhar para o umbigo dos clubes locais. 
-  Em seu blog, você procura sempre dar o mesmo espaço para todos os times, tanto do eixo, como fora dele. Talvez por isso, tenha conquistado a simpatia de muitos torcedores paranaenses. Na imprensa carioca você é um dos poucos que dão esse destaque para os outros times. Você acha que esse diferencial contribui para o sucesso do seu blog?
Acho até que ajuda a contribuir. Mas não acho que isso seja um mérito. É a minha obrigação. Não sou um jornalista carioca. Sou um jornalista brasileiro. E meu dever é escrever sobre todos e para todos. 
- Faça uma análise da imprensa esportiva mundial, atualmente.
A mídia europeia continua em evolução. É quem mais gosto de ler. Os textos são mais aprofundados, densos e opinativos. No Brasil, ainda vivemos muito de textos e análises rasas e entretenimento em excesso. A tendência da imprensa esportiva mundial é mudar, principalmente por causa da internet. Opinar, saber contar uma história, fazer o leitor raciocinar e discutir um tema. Essa é a nossa missão daqui para frente. 
- Em sua carreira, você já chegou a participar de seis Copas do Mundo. Considera-se um privilegiado por atingir um número tão expressivo como esse? E como você analisa a relação “Dunga x Imprensa” na última Copa?
Acho lamentável, de ambos os lados. Um treinador que nunca soube respeitar a liturgia do cargo e jamais entendeu, nem como jogador, a importância da imprensa. E, por outro lado, alguns colegas, imaturos, brincando de guerrear com o treinador, quando o nosso papel é bem diferente. Tudo desnecessário. 
- Qual é a sua análise sobre a atual situação do futebol paranaense? Tanto sobre a Federação Paranaense de Futebol, quanto os clubes.
Conheço pouco para fazer uma análise. Mas a formula do Estadual já melhorou. E, estruturalmente, Atlético e Coritiba estão muito bem. O futebol paranaense é grande, sempre foi.
-  Para encerrar, qual o conselho você daria para quem pensa em um dia seguir carreira esportiva?
Siga. É uma viagem maravilhosa. Mas prepare-se para dias de luta e de provação. Esqueça os domingos, a praia, o cinema e, em parte, a família. Mas, sinceramente, tudo vale a pena se você gosta do que faz.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Vale à pena investir em antigos ídolos?

Por Tarek Omar

Ver em campo grandes ídolos que fizeram história no futebol mundial é o sonho de muitos torcedores, principalmente quando o time escolhido por esses jogadores é o mesmo desses torcedores. E o clube, para se destacar na mídia, atrair patrocínio, e agradar a sua torcida, se empenha para trazê-los de volta, como foi o caso de Ronaldo, Roberto Carlos, Adriano, Ronaldinho Gaúcho e Rivaldo, que estavam com o nome desgastado na Europa.

A torcida, obviamente fica eufórica com a contratação de jogadores deste nível, pois pensa que ele jogará tudo que sempre jogou quando ainda era jovem. Uma grande ilusão, a meu ver. Ronaldo, quando veio ao Corinthians em 2009, chegou com status de rei. Sua estréia no Pacaembu atraiu até torcedores rivais, que foram prestigiar o craque. Em seu primeiro clássico do ano, marcou um gol de empate no último minuto de jogo contra o Palmeiras, chegando até a derrubar as arquibancadas do estádio Eduardo José Farah nas comemorações.

Com o tempo veio à conquista do título paulista e da Copa do Brasil. Todos achavam que esses eram os primeiros de muitos títulos que estariam por vir, um grande engano. Depois destas conquistas, a história de Ronaldo no Corinthians foi um fracasso atrás do outro. No Brasileirão, a torcida, que sonhava com o título, teve de se contentar com uma classificação para a Libertadores.


Jogando o torneio Sul Americano, no ano do seu centenário, o time foi eliminado precocemente para o Flamengo. E apesar de nenhum título conquistado no aniversário de 100 anos, a torcida, que já estava se desgastando com o Fenômeno, teve uma nova esperança de que dias melhores viriam, após a contratação de outra estrela mundial, Roberto Carlos. Porém, logo na fase eliminatória da Libertadores deste ano, o Corinthians foi eliminado pela fraca equipe do Tolima. Foi o que bastou para a torcida protestar contra as maiores estrelas do time, que só estavam jogando pelo que fizeram no passado, Ronaldo e Roberto Carlos. O resultado? Roberto Carlos foi demitido, e o Fenômeno declarou sua aposentadoria.

Já o caso de Adriano, foi o oposto. Em sua primeira vinda ao Brasil, jogou mal no São Paulo, e acabou voltando para a Europa, mas, não durou muito tempo por lá, e voltou novamente ao Brasil, pois, segundo ele, queria recuperar a alegria de jogar futebol. O jogador afirmou ainda, que não voltaria mais para Europa, uma grande mentira. No Flamengo, ele foi bem e ajudou o time na conquista do título, porém, para a surpresa de todos, voltou para a Europa. Agora, sem espaço na Roma, já pretende voltar mais uma vez ao Brasil.


Os casos mais recentes são de Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho, que foram contratados por São Paulo e Flamengo, respectivamente. O primeiro é presidente do Mogi Mirim e já chegou a declarar que havia abandonado o futebol. O segundo decidiu voltar porque estava mal no Milan. Rivaldo veio sem tanto alarde, com um salário baixo, e logo na sua estreia fez uma ótima apresentação, marcando um golaço. 


Já Ronaldinho Gaúcho, protagonizou cenas lamentáveis, se oferecendo como moeda de leilão a vários clubes. Em um determinado momento, seu irmão e empresário Assis, chegou até a brindar a volta de Ronaldinho ao Grêmio, mas logo na semana seguinte surpreendeu a todos, anunciando que ele foi contratado pelo Flamengo, com um salário de 2 milhões de reais. Sua estreia foi fraca, sem muito brilho e o primeiro gol com a camisa rubro negra foi de pênalti, na segunda partida que jogou. 
 

Fui um das pessoas que sempre defendeu a volta de grandes medalhões ao futebol brasileiro, pois é uma grande jogada de marketing do clube. Contudo, analisando todos os recentes exemplos que tivemos, minha opinião mudou consideravelmente. Será que realmente vale à pena investir tanto dinheiro em jogadores velhos, só pelo fato de um dia eles terem sido craques? Tenho minhas dúvidas. 

E você, se fosse presidente de um clube de futebol, apostaria em grandes ídolos do passado, ou em jovens jogadores com grande potencial no futuro? Deixe sua opinião. 

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Timemania: O erro se repete

Por Tarek Omar

Os erros cometidos pelos diretores dos times paranaenses na Timemania não são de hoje. Há mais dois anos a história se repete, a diretoria pouco faz para que os torcedores apostem em seu time de coração, a torcida pouco aposta, e os times beiram sempre entre os últimos colocados, correndo sérios riscos de ficar fora do G-20 e perder os 65% de cota, que é pago aos 20 melhores colocados. No fim do ano, quando as diretorias percebem os erros, começam a fazer campanhas constantes, chegando a tirar dinheiro do próprio bolso para garantir a cota do ano seguinte.

Em 2010 não foi diferente, a dupla Atletiba, com pouca colaboração das diretorias, beirou a zona de rebaixamento até os últimos concursos, quando os diretores, na base do desespero, enfim acordaram, fizeram diversas campanhas de marketing e começaram a investir dinheiro do próprio bolso para não perder a maior parte da cota paga pelo governo. No entanto, em 2010 o Atlético acabou levando a pior, e terminou em 21º na classificação geral. Um prejuízo considerável para o clube, que além de investir seu próprio dinheiro, ainda acabou perdendo a cota principal de 2011.
Analisando toda a situação, eu pergunto aos diretores dos clubes o porquê desta insistência em errar todos os anos? Mesmo após um sofrimento de dois anos, será que eles ainda não aprenderam? Já estamos em fevereiro de 2011, e a história se repete mais uma vez. Os clubes não realizam um marketing eficiente e estão novamente na beira do rebaixamento. Entramos nos sites oficiais do trio de ferro, e nada achamos sobre a Timemania. Nos e-mails dos torcedores, nada mandam sobre as apostas. Nos estádios, apenas uma placa pedindo para apostar.
Faltam campanhas que incentivem o torcedor a investir em seu clube de coração. Não precisa de muito, é só fazer um marketing simples, como anunciar no site oficial e mandar por e-mail, caso o clube não queira gastar. Ou, caso aceite um pouco de gasto, colocar pessoas nas entradas dos estádios, oferecendo bilhetes aos torcedores. Fazer promoções incentivando todos a apostarem, entre outras. São campanhas simples, mas necessárias para que no final do ano os clubes não terminem mais uma vez no desespero, tirando dinheiro do próprio bolso. É preferível investir agora para que no final do ano não tenham que tirar dinheiro do próprio bolso para se garantir na elite.